Sábado, 03 de Agosto de 2013

 Foto internet, com a devida vénia

 

 

Dize-me, petiz,

em segredo ouvido,

por que te sorris

assim divertido?

 

E que rouxinol

tens tu na garganta,

que as noites encanta

e inunda de sol?

 

Que certeza mora

nos teus olhos puros

de luz madrugada?

 

Ou tu és a aurora

rasgando futuros

na noite fechada?

 

José-Augusto de Carvalho

In Vivo e desnudo

Editorial Escritor

Lisboa,1996



publicado por Do-verbo às 11:07
Segunda-feira, 02 de Abril de 2012

(Vilancete)

 

 

 

 















 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mote

Apoiada no quadril,

traz a moça a cantarinha.
Vem da fonte e vem asinha.


Voltas

Diz-se de «Abril, águas mil»!

E tanta sede que eu tinha,
naquela manhã de Abril!
Mas a moça vinha asinha
e negou-me a cantarinha
que apoiava no quadril...


Fiquei-me quase febril
devido à sede que tinha!
E nem sei mais se de Abril
ou se da moça que vinha
apoiando a cantarinha
no bailado do quadril...




José-Augusto de Carvalho
30 de Março de 2012
Viana*Évora*Portugal



publicado por Do-verbo às 03:56
Segunda-feira, 05 de Julho de 2010

 

 

 

Tu foste, um dia, um menino

 

tão traquinas, tão traquinas,

 

que brincou com o papão...

 

E o Mundo foi, por destino,

 

nas tuas mãos pequeninas,

 

um lindo e grande balão!

 

 

 

José-Augusto de Carvalho

Viana*Évora*Portugal

 
In «arestas vivas», 1980


publicado por Do-verbo às 00:00

 

 

 

De espanto vestida,

vestida de espanto,

tu és a medida

dos versos que eu canto.

 

Em sonho esculpida,

celeste o teu manto,

deste à minha vida

êxtases de encanto.

 

No tempo perjuro,

de inceteza e dor,

que jaz no monturo,

 

tu és chama e cor

abrindo ao futuro

teu regaço em flor.

 

 

José-Augusto de Carvalho

Viana*Évora*Portugal

In «vivo e desnudo», 1996

Editorial Escritor, Lisboa



publicado por Do-verbo às 00:00

 

 

 

A sublimação da existência apenas poderá acontecer em tempo de sortilégio.
Exactamente por que assim penso, este espaço particular acolherá todos os textos que eu considere sublimarem a a existência.
Até sempre!
 
 

 

 

José-Augusto de Carvalho
4 de Julho de 2010.
Viana*Évora*Portugal
Foto (maravilhosa) da Internet


publicado por Do-verbo às 00:00
Domingo, 29 de Novembro de 2009
 
Das cinzas do passado me levanta
quem sabe em mim o sonho e o paradigma.
Da minha terra, que é três vezes santa,
eu trouxe e nele sou instante enigma.

Eu fui e nele sou al Andalus,
o nome que então demos às Espanhas.
Al Andalus de plainos e montanhas,
de um céu que o sol doura ardendo em luz.

Eu fui e nele sou a fantasia
das mil e uma noites, de Aladim,
de génios e poetas e magia.

Eu fui e nele sou; e ele é em mim.
Se dois, nós somos um, numa alquimia
que a lei revoga do princípio e fim.
 
 
 
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 26 de Novembro de 2007.
 
 
 
Migrando para este novo espaço.


publicado por Do-verbo às 06:46
Registo de mim através de textos em verso e prosa.
mais sobre mim
blogs SAPO
Janeiro 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30
31


pesquisar neste blog