Domingo, 09 de Janeiro de 2011

 

Carrego a minha dívida de mim,

cumprindo a pena imposta até ao fim.

 

Da treva ou do mistério donde vim

à treva ou ao mistério que me espera,

espaço e tempo -- a sombra de Caim,

intemporal, persiste e dilacera...

 

E tudo é feio e gélido e ruim.

O inútil acontece e desespera.

Morreram os canteiros no jardim,

em maldição estéril e severa.

 

Que espírito ou desígnio de Eloim,

por sobre os ares paira e o sonho gera?

O sonho ensanguentado de Caim,

que nem remorso ou prece regenera...

 

 

José-Augusto de Carvalho

Moita (B.B.), 7 de Julho de 1995.


publicado por Do-verbo às 14:44
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