Sexta-feira, 22 de Abril de 2011
Torre de Belém, Lisboa, foto internet
 
 
 
Deste cais de partida, diviso,
na distância, a promessa jurada.
Que ansiedade em minh'alma preciso
e me arranca das névoas do nada!
*
 
Em redor, o abandono ferido...
Onde o sal, onde o iodo destas águas?
E a guitarra de cordas de mágoas
derramando insistente gemido!...
*
 
Venham medos, angústias, procelas!...
Venham céus de negrume, sem astros!
Venha, até, o que nem imagino!...
*
 
Ai, se os ventos rasgarem as velas!...
Ai, se inúteis me forem os mastros,
que se cumpra este mar --- meu destino!

 
 
José-Augusto de Carvalho
23 de Agosto de 2010.
Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 03:07
Registo de mim através de textos em verso e prosa.
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