Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2011

 

 

Este tempo de estar, actor que representa

não a vontade extravasando impulsos,

mas sempre a rigidez, que lhe algemando os pulsos,

dói tanto em seu doer, numa tortura lenta.

 

As regras a cumprir, perversas e castrantes.

Dos outros, o querer -- a norma imperativa.

E tudo se reduz à condição cativa

do grão a germinar em haustos hesitantes.

 

A terra exausta é dura e débil a promessa.

Extensos, os adis erguidos na recusa.

E a fome espera o pão sagrado que a seduza,

nos braços que hão-de haver a vida que começa.

 

E o tempo, noutro tempo, em ânsia transmutado,

num deslumbrante sol que raia deslumbrado!

 

 

 

José-Augusto de Carvalho

24 de Outubro de 1998.

Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 11:15
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