Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2011

 

Que trémulo farol inventa os medos?

Que dor doendo todos os degredos?

 

Os ídolos extáticos na lenda.

Cinzéis impondo formas aquilinas.

E a vida, sempre em transe, só desvenda

a luz que malespreita nas esquinas...

 

As portas da cidade estão guardadas.

Quem abe e quem revela o santo e a senha?

Muralhas que não dou por escaladas...

Ai, que renúncia assim de mim desdenha?

 

Que dor e que torpor me dói e desce

até ao imo envolto em desespero?

Oh, braço do temor prisioneiro,

no chão raízes ganha  e livre cresce!

 

 

José-Augusto de Carvalho

11 de Março de 1997.

Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 15:28
Registo de mim através de textos em verso e prosa.
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