Segunda-feira, 29 de Outubro de 2012

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É agora o momento!...
Já mal lucilam os astros...
Segreda manso o vento
às velas ferradas e aos mastros...
Baloiça a barca esguia
num anseio azul de espanto!
Oh, Fado nosso, oh trémula ousadia
glauca que levanto
no pranto aflito das viúvas de vivos!
Barca esguia
de quantos sonhos cativos,
esta ousadia
de angústia e denodo,
irá ser, redonda, além, o mundo todo!
 
 
 
Na música da ária
«E lucevan le stelle...»,
da ópera Tosca, de Puccini 
 
 
 José-Augusto de Carvalho
Viana * Évora * Portugal
10 de Julho de 2009.


publicado por Do-verbo às 15:38
Domingo, 28 de Outubro de 2012

 

 

 
Ganhei-me, visionário, na distância 
lendária dos confins da Geografia.
Moldei meu corpo em ondas de fragrância
e dei-me em vendavais de rebeldia.

 

De sonho e pinho fiz a caravela.
Bordei a rota de astros e de sal.
Perfumes de evasão e de canela 
perderam-se num banco de coral.

 

Ainda as águas falam de naufrágios. 
E os sonhos, a boiar, não vão ao fundo.
Que importam profecias e presságios?
Meu sonho foi até ao fim do mundo.

 

Agora, na diáspora me ganho...
E sou o mesmo sonho desde antanho! 

 

 
José-Augusto de Carvalho
28 de Outubro de 2012. 
Viana * Évora * Portugal


publicado por Do-verbo às 22:36
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