Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

O verbo em sinfonia.
O rito. A cor. A dança.
Pureza em harmonia.
Os corpos nus e lassos.
Uma vertigem mansa,
bordada de cansaços,
a infinitude alcança
dos siderais espaços.
 
 
 
José-Augusto de Carvalho
14 de Setembro de 2001.
Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 16:02

 


 

Os tempos do desatino
embotam as mentes lerdas,
presumindo-lhes que as perdas
são azares do destino.
 
Porque será que o destino
só embota as mentes lerdas
e nunca provoca perdas
a quem gera o desatino?
 
 

José-Augusto de Carvalho
5 de Setembro de 2001.
Viana*Évora*Portugal
 


publicado por Do-verbo às 09:31

 

 
Mais alto, se puderes!
Não sei se Deus existe.
A dúvida persiste,
mas vou onde quiseres.
 
Irei, porque acredito
até ao infinito!
 
Irei em liberdade.
Sem peias nem dever.
Nada me persuade.
Por mim, irei até me achar ou me perder.
 
Fogueira que não arde,
não pode ser fogueira.
Quando muito, será falaz alarde,
que presumido e fútil,
só desfralda a bandeira
da verborreia inútil.
 
Mais alto, se puderes!
Irei onde quiseres!
 
 
José-Augusto de Carvalho
7 de Setembro de 2001.
Viana*Évora*Portuga


publicado por Do-verbo às 09:09
 

 
A orgia dos medíocres continua!
Nos palcos da cidade, a farsa plena!
Atónito, de cena para cena,
O vulgo, num delírio, se extenua.
 
O conto do vigário, apelativo,
Desperta, numa esdrúxula apetência,
instintos primitivos de indigência.
Que náusea estar, aqui, sujeito e vivo!
 
 
José-Augusto de Carvalho
6 de Agosto de 2001 - 1 de Outubro de 2010.
Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 08:59

 
 
Perdido, olho as estrelas.
Meu corpo treme e fica tão sensível
que uma ânsia de impossível
só pretende retê-las
e guardá-las pra mim!
Eu sei que sou matéria do infinito
e que desse infinito é que provim.
As pretensões do mito,
que me quiseram barro modelado,
são as certezas vãs duma ignorância
que só nos faz sorrir.
São o tempo datado da jactância
ousando presumir
o mistério insondável da distância.
 
José-Augusto de Carvalho
Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 08:52
 
Se tudo se transforma,
sem nunca adulterar a sua essência,
a massa que me enforma
é, transitória, apenas a aparência
efémera, mas viva e definida,
no caos perene e cósmico da Vida.
 
Talvez eu venha a ser um doce fruto
da planta que o meu corpo, em cinzas frias,
um dia, fertilize, em nova senda...
E eu possa, neste anelo de absoluto,
ser novo alor das tuas energias,
em tarde amena, à hora da merenda...
 

 
José-Augusto de Carvalho
1 de Agosto de 2001-29 de Setembro de 2010
Viana*Évora*Portugal


publicado por Do-verbo às 08:46
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