Os deuses e os demónios querem sangue!
No mundo, ergueram, ímpios, os altares.
Um homem justo mais tombou exangue...
Irmão, mais um sinal p'ra meditares!
O tempo da discórdia trouxe as iras.
Quem nega, agora, a lei da causa-efeito?
Arautos de vergonhas e mentiras,
com agressões e bombas de ódio ao peito!
E as vítimas são sempre os inocentes,
as dores de um calvário que não cessa,
o vil metal das trocas indecentes.
Irmão, Amigo, Exemplo, tão depressa
te privam do amor das tuas gentes!
Contigo morre mais uma promessa.
José-Augusto de Carvalho
Viana do Alentejo * Évora * Portugal