Domingo, 28 de Outubro de 2012

 

 

 
Ganhei-me, visionário, na distância 
lendária dos confins da Geografia.
Moldei meu corpo em ondas de fragrância
e dei-me em vendavais de rebeldia.

 

De sonho e pinho fiz a caravela.
Bordei a rota de astros e de sal.
Perfumes de evasão e de canela 
perderam-se num banco de coral.

 

Ainda as águas falam de naufrágios. 
E os sonhos, a boiar, não vão ao fundo.
Que importam profecias e presságios?
Meu sonho foi até ao fim do mundo.

 

Agora, na diáspora me ganho...
E sou o mesmo sonho desde antanho! 

 

 
José-Augusto de Carvalho
28 de Outubro de 2012. 
Viana * Évora * Portugal


publicado por Do-verbo às 22:36
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